quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Museu da Baleia, em Imbituba

A região que moro, no sul de Santa Catarina, tem cidades que valem a visita e pontos turísticos bem interessantes. Durante nossa permanência na Praia do Rosa, a convite da Faro Comunicação e Acim/Núcleo Praia do Rosa, em Imbituba, uma das atividades propostas na programação era observar as baleias francas por terra. Mas, como a chuva atrapalhou um pouco, a operadora de turismo Vida, Sol e Mar nos levou ao Museu da Baleia de Imbituba. Sinceramente, mesmo morando na região, nunca havia pensado em visitar o local. O museu está localizado na Praia do Porto e é o único do gênero na América do Sul.



Apesar de ser pequeno e poder ser visitado em cerca de uma hora, o Museu da Baleia retrata a história da espécie no Brasil e no mundo, bem como a perseguição e matança sofrida pelos animais ao longo dos anos. Essa história é contada através de painéis gigantes, com imagens que retratam a época, artefatos de caça e mapas. Enrique Litman, da operadora, foi quem nos guiou e impressionou com as histórias e o conhecimento que tem sobre o assunto.




O interessante é que, antigamente, era neste local que se extraía o óleo das baleias francas caçadas na região. Na verdade, foi a última estação baleeira do Sul de Santa Catarina, que fechou as portas em 1973. Mesmo desativada, ainda tem equipamentos e artefatos que eram usados para fazer este trabalho. O prédio é denominado Barracão Manoel Rosa, em homenagem a um dos últimos baleeiros da cidade e incentivador da história da caça e conservação das baleias francas.



Ossadas de golfinho, boto e baleia podem ser observadas lá também. Inclusive, os ossos de uma baleia franca que morreu encalhada em Laguna, em 2010, estão no local. O Projeto Baleia Franca é responsável pelo material. Na época, depois de permanecer encalhada por uma semana, o animal precisou ser sacrificado. Será o primeiro esqueleto da espécie, que pesa uma tonelada e meia e tem 14 metros de comprimento, que ficará exposto no museu, pendurado por cabos de aço.




O casarão é tombado pelo Patrimônio Histórico municipal, mantido pelo Projeto Baleia Franca em parceria com a prefeitura de Imbituba. Quando visitamos o local, achei meio abandonado e fiquei triste com o fato de história e cultura não terem espaço e incentivo. Mas, recentemente, foi anunciado que o museu está sendo restaurado. O próprio acesso estava precário e ainda faltavam placas indicativas de que ali é um museu.




Gostei de conhecer um pouco sobre a história das baleias francas, que todos os anos viram atração na região. Já tive oportunidade de fazer o passeio de barco para avistamento dos animais, que por ora está suspenso por determinação da justiça.
E espero, sinceramente, que o Museu da Baleia esteja bem preservado e cuidado na minha próxima visita. Ou na sua, né, caro leitor?

Fotos: Destino Mundo Afora



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